domingo, 9 de março de 2008

O impossível

O impossível é uma palavra.
Uma palavra que inventaram para qualificar algo que ninguém tentou antes, e que por isso todo mundo pensava que era impossível. É talvez a expressão mais utilizada em qualquer língua desse planeta, atrás apenas de "sexo", "sim" e "cuidado!".

Voar, impossível. Transplante de coração, impossível. Galileu deve ter ouvido um monte de impossíveis na vida. Eu digo com toda certeza meus amigos, impossível foi uma palavra criada num domingo a tarde na frente da TV por alguém com preguiça de pegar um copo d'água para a própria mulher.

Desde então tornou-se um mantra na boca de acomodados, chatos, quadrados, obtusos, tristonhos e preguiçosos em geral. O impossível é apenas um lugar que ninguém ainda foi, mas que está de portas abertas para quem tiver coragem de entrar.

O gol de chapéu que Pelé fez na final da Copa do Mundo em 1958 morava no impossível.
"Imagine" de John Lennon, também morava lá. Até que anos atrás ele sentou ao piano e compos uma canção sobre renovação, paz e sobre o poder de conquistar o impossível.
Ah, você vai dizer, mas isso é coisa de gênio. E eu lhe respondo, que os flamingos voam 12 mil quilômetros da Ásia a América do Norte todos os anos para procriar e voltam. Nunca soube de um flamingo gênio. E eles fazem o que muita gente chama de impossível.

Da próxima vez que disserem que isso ou aquilo é impossível, fale sobre Lennon, sobre Pelé, sobre os flamingos, sobre o escambau, mas não deixe de tentar. Quando falarem que o amor é impossível, que a paz a é impossível, não de ouvidos.
O impossível transforma as pessoas em chatos, faz você se sentir mais velho, mais gordo, mais triste. E de repente, num belo dia, você acha que tomar cerveja com os amigos é impossível
O impossível, meus amigos, só existe na cabeça dos acomodados.
Keep trying, keep playing, keep shining.

Nenhum comentário: